domingo, 5 de fevereiro de 2012

Lágrimas

Lá estava ela no cantinho do quarto, chorando pra tentar amenizar a dor que ele lhe deixará. Cada lágrima que escorria, era uma dor jogada fora. Mas ali naquele cantinho ela para pra refletir um pouco. A primeira gota que escorreu de seu olho foi rápida, talvez aquela estivesse simbolizando o amor. Rápido e passageiro.  A segunda, foi mais lenta, deveria estar simbolizando a paciência que ela teve durante todo esse tempo com ele. A terceira caiu que nem percebeu, talvez seja a despedida dele. Ele se despediu assim em um piscar de olhos. A quarta foi devagar e com ela veio um sorriso, então estava simbolizando aquela garota sorridente, alegre. A quinta, essa parece que sorriu pra mim. Pareceu que ela me mostrou como era a vida antes. A sexta… Veio devagarzinho, quase parando e deixou comigo a duvida “ele volta ou não volta”? A sétima veio igual um furacão, fez uma bagunça tremenda aqui dentro, deixou tudo fora do lugar. Acho que estava simbolizando o meu coração, bagunçado, fora do lugar. A oitava, a mais dolorida, veio devagarzinho, que nem uma lesma. Essa sim me mostrou a quanto viver sorrindo, ela me lembrou o meu chorinho de infância, quando eu cai de bicicleta. Mamãe bem que podia ta aqui pra passar remédio pra parar de doer. A nona, put’z. Essa abriu mais o meu olho ainda, ela disse me encarando “Levanta daí, lava esse rosto e vai viver a sua vida. Você é jovem e não merece deixar a gente cair por bobeira. Anda levanta.”Assim eu fiz, levantei e lavei o rosto e deitei na cama e dormi. 

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